sexta-feira, 25 de abril de 2008

domingo, 13 de abril de 2008

Le stress mortel des blogueurs de fond

Ora aqui está uma boa desculpa para esta minha ausência. Mais vale prevenir....

domingo, 30 de março de 2008

terça-feira, 25 de março de 2008

Aranjuez Mon Amour


Nana Mouskouri

Mon amour, sur l'eau des fontaines, mon amour
Ou le vent les amènent, mon amour
Le soir tombé, qu'on voit flotté
Des pétales de roses

Mon amour et des murs se gercent mon amour
Au soleil au vent à l'averse et aux années qui vont passant
Depuis le matin de mai qu'ils sont venus
Et quand chantant, soudain ils ont écrit sur les murs du bout de leur fusil
De bien étranges choses

Mon amour, le rosier suit les traces, mon amour
Sur le mur et enlace, mon amour
Leurs noms gravés et chaque été
D'un beau rouge sont les roses

Mon amour, sèche les fontaines, mon amour
Au soleil au vent de la plaine et aux années qui vont passant
Depuis le matin de mai qu'il sont venus
La fleur au cœur, les pieds nus, le pas lent
Et les yeux éclairés d'un étrange sourire

Et sur ce mur lorsque le soir descend
On croirait voir des taches de sang
Ce ne sont que des roses !
Aranjuez, mon amour

segunda-feira, 24 de março de 2008

domingo, 23 de março de 2008

OK ? Não, KO !

Lá teremos que recuperar de mais um desaire.

sexta-feira, 21 de março de 2008

"O Kosovo é Sérvio"



Milorad Cavic merece toda a nossa solidariedade. Os escribas sempre prontos a evocar a liberdade, quando se trata de defender o sistema de exploração do homem pelo homem , vão ficar calados que nem ratos.

Manisfestoon

Um vídeo imperdível no "Cravo de Abril". Espreitem que vale a pena.

Pedra Filosofal

Eles não sabem que o sonho
é uma constante da vida
tão concreta e definida
como outra coisa qualquer,
como esta pedra cinzenta
em que me sento e descanso,
como este ribeiro manso
em serenos sobressaltos,
como estes pinheiros altos
que em verde e oiro se agitam,
como estas aves que gritam
em bebedeiras de azul.

Eles não sabem que o sonho
é vinho, é espuma, é fermento,
bichinho álacre e sedento,
de focinho pontiagudo,
que fossa através de tudo
num perpétuo movimento.

Eles não sabem que o sonho
é tela, é cor, é pincel,
base, fuste, capitel,
arco em ogiva, vitral,
pináculo de catedral,
contraponto, sinfonia,
máscara grega, magia,
que é retorta de alquimista,
mapa do mundo distante,
rosa-dos-ventos, Infante,
caravela quinhentista,
que é Cabo da Boa Esperança,
ouro, canela, marfim,
florete de espadachim,
bastidor, passo de dança,
Colombina e Arlequim,
passarola voadora,
pára-raios, locomotiva,
barco de proa festiva,
alto-forno, geradora,
cisão de átomo, radar,
ultra-som, televisão,
desembarque em foguetão
na superfície lunar.

Eles não sabem, nem sonham,
que o sonho comanda a vida.
Que sempre que um homem sonha
o mundo pula e avança
como bola colorida
entre as mãos de uma criança.

António Gedeão


A Poesia, a Luta e a Vida

«Francisco Miguel viveu com o Partido
e morreu com o Partido.» Alvaro Cunhal
Não cultives a fraqueza

Vive o fraco na fraqueza
o bom na sua bondade
vive o firme na firmeza
lutando por liberdade.

Não cultives a fraqueza,
procura sempre ser forte,
que o homem que tem firmeza
não se rende nem à morte.

Educa a tua vontade
faz-te firme: em decisões,
que não terá liberdade
quem não fizer revoluções.

Se queres o mundo melhor
vem cá pôr a tua pedra,
quem da luta fica fora
neste jogo nunca medra.

Francisco Miguel Duarte

"uma vida heróica de revolucionário;
a vida de um homem possuidor de uma coragem sem limites;
a vida de um homem que fez do ideal comunista
uma forma de relacionamento humano
e um poderoso instrumento de luta;
a vida de um homem que fez da sua adesão ao Partido uma opção de vida»
uma «fraterna e solidária postura»
uma «sensibilidade humana e artística»
revelada pelos seus poemas
«feitos de uma imensa ternura e de um imenso amor
à vida e às pessoas»
.J.Casanova

Biografia no "Militante" de Nov/Dez 2007

quinta-feira, 20 de março de 2008

Hot Clube de Portugal - 60 anos



Hot Clube de Portugal - Sede
Praça da Alegria 39, cave
1250-004 Lisboa
Tel: +351 21 3467369
E-mail: clube@hcp.pt

quarta-feira, 19 de março de 2008

Iraque

Esta é uma data a recordar. Mas convem que não entre apenas no rol das efemérides. Porque todos os dias se agrava a vida dos iraquianos, porque todos os dias morrem pessoas, porque todos os dias a máquina militar do imperialismo dos EUA e seus comparsas de outros países , presentes ilegalmente no Iraque, têm uma actuação terrorista, por tudo isto, é necessário desenvolver a luta, para pôr fim a este crime. E a luta deverá exigir que os responsáveis sejam julgados e punidos. Nenhuma imagem vai acompanhar este post. Nem a cara dos principais responsáveis reunidos nos Açores, nem o sofrimento do povo iraquiano, nem os militares cumprindo ordens de Busch, nem a morte de centenas de milhares de seres humanos, nada pode, isoladamente, ilustrar o crime hediondo que está a ser praticado desde há 5 anos no Iraque.

segunda-feira, 17 de março de 2008

Uma molécula de insulina

Investigação científica
Complexa, bonita, eficiente, imprescindível, obediente:
"trop de sucre: lâchez l’insuline!"



Outras configurações.

16 de Março de 1974 (4) - Hino de Caxias


Longos corredores nas trevas percorremos
sob o olhar feroz dos carcereiros
mas nem a luz dos olhos que perdemos
nos faz perder a fé nos companheiros.

Vá camarada mais um passo
que já uma estrela se levanta
cada fio de vontade são dois braços
e cada braço uma alavanca.

Oiço ruirem-se os muros
Quebrarem-se as grades de ferro da nossa prisão
Treme carrasco que a morte te espera
Na Aurora de fogo da Libertação(bis)

Cortam o sol por sobre os nossos olhos
muros e grades encerram horizontes
mas nós sabemos onde a vida passa
e a nossa esperança é o mais alto dos montes.

Vá camarada mais um passo
que já uma estrela se levanta
cada fio de vontade são dois braços
e cada braço uma alavanca.

Oiço ruirem-se os muros
Quebrarem-se as grades de ferro da nossa prisão
Treme carrasco que a morte te espera
Na Aurora de fogo da Libertação(bis)

Podem rasgar meu corpo à chicotada
podem calar meu grito enrouquecido
que para viver de alma ajoelhada
vale bem mais morrer de rosto erguido.

Vá camarada mais um passo
que já uma estrela se levanta
cada fio de vontade são dois braços
e cada braço uma alavanca.

Em memória de um muito querido camarada e grande, grande amigo, que se encontrava preso em Caxias a 25 de Abril de 1974: Vítor Branco. Um amigo de Lisboa...

domingo, 16 de março de 2008

16 de Março de 1974 (3) - Contagem decrescente

Umas breves notas pessoais sobre esta data. Em 16 de Março de 1974 eu era Capitão Miliciano, comandava uma Companhia de Cavalaria sediada no Sul da Guiné ( Cantanhez ) e estava de férias em Lisboa. Nesse sábado tinha decidido passar a noite com um grupo de amigos, prolongando a farra até ao raiar da manhã de domingo. Ainda não levava 4 horas de sono, quando tocou o telefone. Meio estremunhado ouvi a voz excitada de um amigo dizendo que tinha havido uma tentativa de golpe militar no sábado. O quê?! Acordei, definitivamente . Em tempo recorde aprontei-me para ir ter com os meus amigos. Ainda hesitei se deveria fardar-me, mas decidi-me pelas calças de ganga e saí. Fardar-me para quê? Nem sequer se sabia que golpe seria este. Na roda de amigos as informações eram escassas. Não havia notícias de colunas militares em Lisboa. Mas a meio da tarde, de domingo, já se sabia que a "tropa" tinha voltado para o quartel no mesmo dia em que tinha saido. A discussão seguia acalorada entre nós. Provocação do regime, para fazer "saltar" a oposição? Um golpe falhado por erro de cálculo dos seus executantes? Um simples exercício militar confundido com um golpe? Um exercício de intimidação? Na Guiné-Bissau desde 1973 que circulavam notícias de reuniões de oficiais descontentes. Tudo o que "mexesse" contra a ditadura seria bem vindo, mas as poucas notícias que tínhamos não eram muito animadoras. Na manhã de segunda feira eu iria ao quartel dos Adidos, na Calçada da Ajuda, para tentar obter mais informações . Assim fiz, mas sem grande êxito. Então decidi ir a Mafra, onde certamente encontraria militares meus conhecidos e de confiança, que poderiam saber mais do que se tinha passado. Num ambiente desconfortável, muito tenso , nada propício a conversas de natureza conspirativa, lá encontrei com quem falar. Por Mafra passavam todos os futuros oficiais milicianos fazendo o seu curso de cadetes e alguns outros fazendo o seu curso de comandante de companhia. Num estado de espírito revelando algum desânimo disseram-me que os militares do Regimento de Infantaria 5, que tinham saído em coluna militar em direcção a Lisboa, estavam detidos, e alguns tinham sido transferidos para outros quartéis, sob prisão. Os factos vieram-se a revelar mais negros do que me disseram então. O objectivo seria depor Marcelo Caetano! Ninguem sabia explicar porque tinha falhado, nem quem estava por detrás da iniciativa. O que parecia mais evidente, e alguns oficiais expressavam-no, era prestar urgente solidariedade a quem estava detido. Na noite de segunda feira, já em Lisboa e entre amigos, o quadro parecia-nos mais claro: a iniciativa tinha falhado e o regime iria intensificar a repressão. Poucos dias depois regressei à Guiné. O comunicado do Partido que transcrevo num post mais abaixo ainda não me tinha chegado às mãos. No aeroporto encontrei o Barros Moura que aguardava o voo para Lisboa onde gozaria umas curtas férias. Em Coimbra tínhamos participado na luta estudantil de 1969, por vezes não coincidindo na estratégia a seguir mas sempre do mesmo lado da barricada. No pouco tempo que tivemos para conversar dei-lhe conta do que sabia do "golpe das Caldas", e ele das reuniões que em Bissau tinham acontecido e de algumas abordagens a milicianos. Na despedida pediu-me que tentasse saber mais, que contactasse alguns oficiais do quadro permanente com quem tivesse mais confiança. Em Lisboa ele iria recolher mais informações. No regresso temos que falar. Isto está em contagem decrescente. E estava mesmo. Ele foi para Lisboa, eu para o Sul da Guiné e reencontramo-nos poucos dias depois do 25 de Abril, em Bissau, com o José Barata, na nossa primeira reunião de Partido em tempos de Liberdade. Uns tempos depois, com o regresso da minha companhia a Bissau, estávamos ambos trabalhando no secretariado do MFA da Guiné. Uns anos mais tarde desencontrámo-nos. O Barata Moura optou por outros caminhos e eu continuo a fazer a minha contagem decrescente, pela Democracia política, económica, cultural e social que Portugal e os portugueses merecem, pela Democracia Avançada Rumo ao Socialismo.
Nesta nota apenas refiro, deliberadamente, os dois nomes de quem comigo participou mais directa e políticamente na contagem decrescente que em conjunto fomos fazendo na Guiné e que deu titulo a este post . Os meus amigos percebem porquê. Dos amigos que deixei em Lisboa, naquele mês de Março, alguns foram presos e só libertados a 26 de Abril. (continua)

16 de Março de 1974 (2) - Último "Avante!" clandestino

Neste último "Avante!" clandestino, de Abril de 1974, renova-se a palavra de ordem : "Aliar à luta antifascista os patriotas das forças armadas"(Avante em pdf).Nele se refere uma "conversa em família" de Marcelo Caetano em que este faz referência ao "golpe das Caldas" que aqui vos deixamos num excerto em vídeo, acompanhado de um outro vídeo com uma parte do discurso à "brigada do reumático". Em Março era divulgado um Manifesto da Comissão Executiva do PCP que podem ler aqui.

O fascismo estrebuchava, tentando a sobrevivência, mas tinha os dias contados.
Faltavam 40 dias para a Liberdade.

16 de Março de 1974 (1) - Comunicado do PCP

Atento, profundamente ligado aos problemas do povo português, o PCP reagiu assim ao "golpe das Caldas", à manifestação da "brigada do reumático" e às "conversas em família de Marcelo Caetano" :

"Um comunicado do PCP em Março de 1974

Pôr fim imediato às Guerras Coloniais e conquistar as liberdades políticas é uma exigência nacional
A Comissão Executiva do Comité Central do PCP
Março de 1974

A rebelião militar de 16 de Março veio confirmar e aprofundar a crise política do regime fascista e colonialista, uma das maiores de sempre. O facto de ela ter eclodido poucos dias depois do «veredicto» pedido por M. Caetano às marionetas da Assembleia Nacional, e logo no dia seguinte à chamada manifestação de lealdade dos generais, é mais uma demonstração que tais «veredictos» e «manifestações» em nada correspondem ao sentir do País nem ao sentir das forças armadas.

O que o País anseia é pôr fim às guerras coloniais, é mudar o regime, é conquistar as liberdades democráticas.

O GOVERNO ESTÁ AO SERVIÇO EXCLUSIVO DOS MONOPÓLIOS
As guerras coloniais absorvem mais de 40% de todas as receitas do Estado, corroem todos os aspectos da vida nacional, são um dos principais factores da dependência do País, do seu atraso e do constante aumento do custo de vida. A situação económica continua a gravar-se. O governo mostra-se incapaz de sustar a inflação e a subida de preços. Estimativas não oficiais dizem que no mês de Janeiro os preços subiram 20%! Não há dia em que não se verifiquem subidas de preços, e já estão na forja aumentos no pão, nos telefones, no tabaco, etc.

M. Caetano disse em 15-3 que «teremos de nos resignar ainda a ver aumentar alguns preços». Apesar disso, ele defende que os trabalhadores não devem «exigir novos aumentos» e recomenda «calma aos consumidores».

Ele mentiu ao dizer que foi a «crise mundial de energia que repentinamente veio desorientar todos os preços», pois a inflação no País é muito anterior a essa crise, e esconde a especulação fomentada pelo próprio governo, que cobra mais de 5$00 por cada litro de gasolina que se vende no País! Quanto aos lucros escandalosos dos monopolistas, que chegam a dobrar e triplicar num só ano, quanto a isso, M. Caetano nada disse.

PÔR FIM ÀS GUERRAS COLONIAIS É UM IMPERATIVO NACIONAL"

"Pensamento à Vital Moreira"

Afinal a quem e para que serviram as manifestações do Rato, Chaves e Porto?
As manifestações que recentemente tiveram lugar, frente à sede do P"S" em Lisboa, em Chaves e sábado, no Porto, poderiam ajudar tanto os objectivos do P"S" e do governo Socrático, caso algo corresse mal, que só podem ter sido convocadas a partir das suas estruturas internas. A presença da comunicação social, em todas estas concentrações, mostram uma coordenação própria de um partido com influência nesse meio. Porque razão umas "insignificantes" reuniões internas do P"S" justificariam a presença de tão elevado número de jornalistas? Alguns professores terão sido apanhados na ratoeira da convocação. Para o P"S" melhor teria sido se numa destas concentrações um incidente tivesse acontecido. Ajudava à vitimização do P"S". Santos Silva, em Chaves, bem se esforçou em provocações, reeditando o seu passado de provocador esquerdista, explorando assim a hipótese de algum incauto ter sido apanhado nas malhas da mobilização e, mais exaltado, reagisse às suas palavras. Um qualquer incidente devidamente dramatizado iria prejudicar e muito as futuras mobilizações dos professores na sua luta. A comunicação social, sempre presente aliás, testemunharia os factos. A manobra saiu-lhes furada. Mas é preciso estar atento a estas manobras.

Com este "pensamento à Vital Moreira" dou a provar, a ele e outros escribas da blogoesfera , o seu próprio veneno. Talvez assim percebam que não vão longe com os seus processos de intenção e acusações ao PCP, quanto a quem esteve por detrás da mobilização para estas concentrações. E já agora respeitem a luta dos professores, as suas organizações sindicais e as suas formas de luta, mesmo que delas discordem, como é vosso direito. Mas discordar não é mentir, manipular, provocar, lançar suspeições, promover o medo. Se se dizem democratas, actuem como democratas, se ainda forem capazes.

A razão e os números segundo Sócrates

Para Sócrates, a força da razão (a dele) é superior à força dos números (do povo português). A razão dele, contra os números do povo português, claro! Também Salazar e Caetano pensavam o mesmo. Por isso proibiam as manifestações para não terem que ser confrontados com os incómodos números dos que nela participassem, reprimiam quem se manifestasse e sempre invocaram a força da razão para a sua actuação. Ainda não chegámos tão longe, mas não creio que se deva esperar para ver onde isto vai parar. As eleições legislativas não são um cheque em branco para tudo o que a maioria no poder entende que pode fazer. A democracia não se resume a um voto de 4 em 4 anos. E se, em democracia representativa, a maioria pretende reduzir as restantes representações a nada, então já estamos a aproximar-nos da ténue linha que nos separa de um regime prepotente e autoritário. As tentativas de intimidação que antecederam as recentes manifestações, o clima persecutório que se vive um pouco por toda a função pública e outros sinais de arrogância de Sócrates e seus ministros, combinados com a engenharia eleitoral legislativa que o P"S" prepara na Assembleia da República, as leis de controle dos partidos, a coordenação centralizada dos serviços de informação, não nos podem deixar descansados.

Lopes Graça
Acordai!

sábado, 15 de março de 2008

Tatuaram as ideias destes infelizes. Democratas?

O P"S" decidiu legislar sobre a colocação de piercing. E amanhã, de que se lembrarão estes "rapazes"? Legislar sobre o tamanho das unhas dos pés ou a dimensão adequada dos vibradores? A iniciativa não pode nem deve ser contestada pelo ridículo. A iniciativa não pode nem deve ser contestada pela oportunidade. A iniciativa não pode nem deve ser contestada pelos pormenores. Esta iniciativa só pode ser contestada pelos pressupostos político-ideológicos com que a pretendem justificar. Esta iniciativa não é uma distracção, nem uma obra do acaso, corresponde a uma arquitectura ideológica que está a fazer o seu caminho, somando-se a muitos exemplos a que temos assistido no últimos tempos. O "poder Socrático", clarividente, lança o seu longo braço protector sobre os indefesos e incapazes cidadãos. Hoje isto, amanhã o quê? Esta é uma iniciativa de tipo fascistóide.

Quem avisa teu amigo é

O Sérgio Ribeiro tem razão quando avisa:

"Cuidado, malta! Quanto têm receio da nossa força, "eles" não olham a meios. Na nossa história recente (para mim...) os casos República, Rádio Renascença, Embaixada de Espanha, "maioria silenciosa", 11 de Março, estão bem vivos... e muito mal contados." E haverá muitos outros casos que se podiam juntar a estes, que o Sérgio cita no seu post.

sexta-feira, 14 de março de 2008

Inevitáveis ilegalidades ?




António Vitorino reconhece que "a independência do Kosovo é manifestamente ilegal", mas que o seu reconhecimento é "inevitável". Tudo o que antecedeu esta pretensa declaração de independência foi feito à revelia do direito internacional e agora só falta a cereja no topo do bolo. Depois de se submeterem às directrizes de Bush, os seus fiéis aliados europeus querem varrer, para debaixo do tapete, o lixo que fizeram. A história os julgará.

E Sócrates ficará activo ainda por quanto tempo?



"O Sol parece estar activo desde há 4.6 biliões de anos e tem ainda combustível suficiente para continuar durante outros cerca de cinco biliões de anos. No fim da sua vida, o Sol iniciará a fusão do hélio em elementos mais pesados e começará a inchar, crescendo tanto que engolirá a Terra. Após um bilião de anos como gigante vermelha, irá subitamente colapsar numa anã branca -- o produto final de uma estrela como a nossa. Poderá ainda levar um trilião de anos até arrefecer completamente."(Vistas do Sistema Solar , por Calvin J. Hamilton)

Ao menos Sócrates já está a arrefecer completamente, felizmente. Nem tudo são más notícias.

Autosuficiência? Umbiguismo? Prepotência?

Como foi possível a Vitalino Canas fazer a seguinte afirmação, sem qualquer consequência política ?

«Quando se fazem balanços é, certamente, para realçar aquilo que se fez bem. E, foram tantas as coisas que fizemos bem, que não temos de perder tempo com o que fizermos mal» (PortugalDiario).

Como é que o porta-voz do P"S" se permite dizer uma baboseira destas?

Todos os portugueses, especialmente os mais desprotegidos, que sentem diariamente na pele o mal que este governo lhes tem feito, confirmam mais uma vez que o P"S" e o governo Sócrates não têm tempo a perder com as consequências das suas políticas de direita.

Karl Marx


125 anos depois da sua morte duas sugestões de leitura : A Guerra Civil em França (pdf) e texto de Lénine sobre Karl Marx (pdf).

terça-feira, 11 de março de 2008

11 de Março de 1924

Nascia a Associação dos Inquilinos Lisbonenses.









Nestes seus 84 anos de vida em defesa de uma habitação digna, ocupou sempre a primeira linha de combate nesta importante vertente dos direitos sociais. Com orgulho partilho com os seus mais de 20 mil associados esse património de luta e como Presidente da sua Assembleia Geral gostaria de deixar aqui uma saudação fraterna a todos os que nela labutam servindo uma causa nobre e justa. A sua história muito rica, ao longo dos seus 84 anos, merece que um dia seja partilhada com todos, porque seguramente nela encontraremos muitos e bons exemplos de luta pela democracia e pelos direitos fundamentais do homem. Nos meus 27 anos de ligação à AIL, como seu director-executivo, como membro da Direcção e seu Presidente e hoje como Presidente da Assembleia Geral, assisti às mais desencontradas e injustas tentativas de sucessivos governos, para fazer pagar aos portugueses o preço da sua incapacidade em cumprir com o disposto no artº 65º da Constituição da República Portuguesa:

Artigo 65.º
(Habitação e urbanismo)

1. Todos têm direito, para si e para a sua família, a uma habitação de dimensão adequada, em condições de higiene e conforto e que preserve a intimidade pessoal e a privacidade familiar.

.....

3. O Estado adoptará uma política tendente a estabelecer um sistema de renda compatível com o rendimento familiar e de acesso à habitação própria.
.....

Mas a luta continua!

Viva a Associação dos Inquilinos Lisbonenses !

11 de Março de 1975

..."A tentativa de golpe falhou graças à pronta e decisiva acção do Movimento das Forças Armadas e à gigantesca mobilização popular que, em poucas horas, de norte a sul do País paralisou quaisquer iniciativas fascistas e deu poderoso apoio às Forças Armadas"...

O prosseguimento destes factores da deterioração da situação não só podem diminuir gravemente a vitória sobre a reacção como podem criar no imediato novas dificuldades ao processo democrático.

O PCP condena firmemente certas violências e destruições anárquicas que, hoje, 11 de Março, praticadas à sombra da luta contra a reacção, só à reacção podem servir.

O PCP pronuncia-se firmemente pelo respeito da ordem democrática e pela adopção de firmes medidas contra aqueles que, desrespeitando-a, põem em perigo a própria democracia."...(comunicado da Comissão Política do PCP de 11 de Março de 1975)

Desde os alvores do 25 de Abril de 1974 até aos dias de hoje, as forças mais retrógradas da nossa sociedade tudo fizeram e fazem para impor um regime anti-democrático, de desenfreada exploração dos trabalhadores, de sujeição de Portugal aos interesses do imperialismo. Muitas vezes contaram com o apoio de alguns outros sectores da sociedade e de partidos políticos que se dizem democratas mas que foram objectivamente coniventes com a contra-revolução.

Como Álvaro Cunhal disse muitas vezes : " Fizeram o mal e a caramunha".

As leis dos partidos políticos, do financiamento dos partidos e das eleições autárquicas, a engenharia eleitoral que o PS e o PSD acordaram para as eleições legislativas, o código do trabalho e as exigências do patronato, as restrições à liberdade nas empresas, os ataques aos sindicatos e à actividade sindical, a privatização de serviços essenciais do Estado e de sectores vitais da economia, a degradação dos serviços nacionais da saúde, da educação e da justiça, a concentração da comunicação social na mão de grandes grupos económicos, a perda de importantes instrumentos de soberania, a subordinação da política externa aos interesses expansionistas dos EUA, com a participação cúmplice em acções militares à revelia do direito internacional, o aprofundamento das desigualdades sociais, com a escandalosa concentração da maior fatia da riqueza nacional na mão de um cada vez menor número de famílias, etc,etc... são exemplos de como em Portugal, 34 anos depois de Abril de 74, as forças mais retrógradas da sociedade encontram aliados no poder político actual, para aumentarem os seus privilégios, reforçarem a exploração do homem pelo homem, assegurarem o controlo do Estado e das suas decisões, para seu proveito.
Muita da evolução positiva que se regista hoje na sociedade portuguesa se deve ao impulso revolucionário de Abril e à luta determinada dos trabalhadores ao longo dos últimos 34 anos. As recentes mobilizações e lutas são disso um bom exemplo.
Como Jerónimo de Sousa costuma dizer: " Quando se luta às vezes pode-se perder, mas quando não se luta então perde-se sempre".

segunda-feira, 10 de março de 2008

Rogério Ribeiro ( 1930 - 2008 )

Uma das ilustrações de Rogério Ribeiro
para o romance de Manuel Tiago "Até Amanhã, Camaradas"

Municipais em França e o PCF

De plus, dans presque toutes les villes où le PS a cherché à lui disputer la primauté à gauche, les maires sortants se trouvent confortés. On retrouve ainsi le PCF en tête de la gauche pour le deuxième tour à Nîmes (Gard), Le Havre (Seine-Maritime), Montluçon (Allier) et Firminy (Loire)."(Le Monde)

Existem no entanto preocupações a ter em conta : "Ouvrier : La plupart des sections locales du PCF gèrent bien les municipalités qu'elles détiennent. Ce n'est pas toujours le cas avec des dérives droitières inacceptables (comme à Aubervilliers et Venissieux)." ( reacção de um leitor do Le Monde)

Democracia à espanhola


2008 2004 Se fosse

Deputados Votos % vot. Deputados Votos % vot proporcional
PSOE 169 11.064.524 43,64 164 11.026.163 42,59 160
PP 153 10.169.973 40,11 148 9.763.144 37,71 147
CiU 11 774.317 3,05 10 835.471 3,23 11
EAJ-PNV 6 303.246 1,2 7 420.980 1,63 4
ERC 3 296.473 1,17 8 652.196 2,52 4
IU 2 963.040 3,8 5 1.284.081 4,96 14
BNG 2 209.042 0,82 2 208.688 0,81 3
CC-PNC 2 164.255 0,65 3 235.221 0,91 2
UPyD 1 303.535 1,2 - - - 4
Na-Bai 1 62.073 0,24 1 61.045 0,24 1

A IU ( Esquerda Unida ) precisou de 481.520 votos para eleger cada um dos seus deputados. O PSOE ( Partido Socialista Operário Espanhol), que teve o maior número de deputados eleitos, precisou de 65.471 votos para eleger cada um dos seus deputados. O PNV com 303.246 votos, no total, elegeu 6 deputados e a IU com 963.040 elegeu apenas 2 deputados. Ou seja a IU com 3 vezes mais votos, elegeu 3 vezes menos deputados que o PNV. O 3º partido em votos fica assim em 6º lugar no número de deputados eleitos. Se o apuramento fosse proporcional a IU teria 14 deputados, o PSOE 160 e 0 PP 147.

Na democracia espanhola há votos que valem 9 vezes mais que outros votos. Adivinhem quem sai beneficiado. Brilhante proporcionalidade democrática ! Mas que grande engenharia eleitoral ! Por cá também temos defensores destas "engenharias", representando uma séria ameaça ao pluralismo e efectiva representatividade das diferentes forças políticas.

sábado, 8 de março de 2008

100.000 Professores em manifestação

Mais de 3 horas de um desfile compacto de professores determinados, unidos na sua justa luta, com uma palavra de ordem que percorreu toda a manifestação : "Está na hora, está na hora, da ministra ir para a rua". Uma outra exigência era comum a muitos cartazes e panos : a exigência de uma outra política. Num passeio da Avenida da Liberdade assisti a todo o desfile, como muitos outros, muitos milhares de pessoas, que assim manifestaram a sua solidariedade com a luta dos professores. Em muitos momentos se me embargou a voz, emocionado com o que ali estava a testemunhar. Mas não fui seguramente o único a viver esta manifestação desta forma. Muitos dos que desfilavam por aquela avenida abaixo faziam-no seguramente pela primeira vez. Trinta e quatro anos depois do 25 de Abril ouvir, em tom compassado e sentido, a palavra de ordem "O povo unido jamais será vencido", recorda-nos a necessidade de manter a vigilância na defesa da democracia e da liberdade, mostra quanto se sente hoje os perigos que espreitam a nossa democracia. A retenção de 20 autocarros pela GNR na A1, em Aveiras, numa operação stop da Brigada de Trânsito, impedindo os professores que neles viajavam de participar na manifestação, é mais um sinal, muito preocupante, do clima que o governo P."S." está a gerar com as suas posições políticas. No Terreiro do Paço os professores reagiram a esta notícia gritando :"fascistas". Mas acima de tudo vi neste desfile determinação em cada rosto, vi uma enorme sementeira de esperança em cada voz. Esta manifestação mostrou o enorme potencial que o descontentamento com a política do actual governo pode trazer à luta por um Portugal mais justo, mais fraterno, ao reforço da luta pela democracia política, económica, cultural e social no nosso país.

8 de Março - Dia Internacional da Mulher

Neste dia, gostaria de sugerir a releitura de um artigo de Domingos Abrantes, publicado no "Militante" a 1 de Novembro de 2006, com o titulo " O ideal comunista e a luta emancipadora das mulheres ".

..."A «questão feminina» ocupa na actualidade um significativo espaço na atenção que lhe é dada pelas forças políticas e nos confrontos político-ideológicos suportados por abundante produção teórica e materiais diversos sobre a matéria.

O fenómeno não tem nada de surpreendente. Ele reflecte as profundas alterações no que toca ao papel da mulher na sociedade, nos nossos dias. E, no entanto, não pouca desta produção teórica, mais do que a defesa dos interesses das mulheres, destina-se a conter a sua luta emancipadora nos limites aceitáveis para o capitalismo e, desse modo, perpetuar o seu estatuto discriminatório."....

..."Mesmo as comemorações do Dia Internacional da Mulher - que remontam a 1910, por iniciativa da comunista Clara Zetkin - e que foram concebidas como uma grande jornada internacional de luta das mulheres e suas organizações de classe (políticas, sociais e sindicais) contra a exploração, por direitos políticos e sociais, por melhores salários, contra a guerra (o Dia Internacional da Mulher estava para a sua luta como o 1.º de Maio estava para os trabalhadores) - têm vindo a ser esvaziadas do seu conteúdo reivindicativo e transformadas, sobretudo pelos poderes instituídos e pelos partidos do sistema, numa jornada de louvação da mulher como ser, uma espécie daquelas cerimónias de «beija-mão».

Estas realidades colocam aos comunistas novas exigências e responsabilidades na abordagem da «questão feminina» e no trabalho e organização desta frente."...

Sobre as recentes "visitas" da PSP

a algumas escolas, já se pronunciaram com propriedade o Vítor Dias no "Tempo das cerejas", o A. Vilarigues no "Castendo", o Sérgio Ribeiro no "anónimo do séc. xxi", o Fernando Samuel no "Cravo de Abril" e muitos outros. Algumas críticas e perplexidades vieram mesmo da área do P."S." . O que me leva a escrever este post tem a ver com as declarações do ministro Santos Silva em Chaves. Desorientado, colérico, rancoroso, afirmou : Quem defendeu a democracia não foi Álvaro Cunhal nem Mário Nogueira, mas Mário Soares, Alegre ...etc (cito de cor) . É em momentos como este que vem à superfície a verdadeira natureza de certas pessoas. Santos Silva deixou estalar o verniz com que decora as suas apresentações públicas e mostrou um preocupante estilo de sobranceria e pesporrência. Três observações sobre este dislate:
1- A defesa da democracia não é uma coisa do passado, antes deve ser uma preocupação permanente dos democratas, e a sua defesa passa pelo exercício pleno e quotidiano dos direitos e garantias constitucionais. Ao referir Álvaro Cunhal, como o fez, procurou apoucar a insubstituível contribuição do Partido Comunista Português para o derrube do fascismo, bem como a participação de muitos outros democratas que em unidade com os comunistas criaram condições e tornaram possível o 25 de Abril.
2- Ao referir o nome de Mário Nogueira, secretário-geral da FENPROF, em vésperas de uma manifestação nacional dos professores, citando o seu nome em conjunto com o de Álvaro Cunhal, como sendo de quem não defende a democracia, contrapondo outros nomes da sua área política como extremes defensores da mesma, Santos Silva executa uma velha e clássica manobra de base anti-comunista agitando este "papão" e com ele visando desmobilizar a luta dos professores.
3- A triste exibição de Santos Silva terminou com uma frase sibilina, referindo-se aos manifestantes que o esperavam em Chaves: "Eles hão-de calar-se primeiro que eu". A frase tem um contexto, mas nunca fiando. Muitos, antes de Santos Silva, tiveram a mesma esperança de calar a voz dos que lutam por um Portugal mais justo, mas sem sucesso.

A luta continua.

quarta-feira, 5 de março de 2008

terça-feira, 4 de março de 2008

Sócrates 200 horas na Tv em 3 anos




A RTP1 foi também o canal que deu mais tempo de emissão informativa regular ao primeiro-ministro, emitindo 34.0% da duração destas matérias, seguida da SIC com 26.8%, da TVI com 24.6% e da RTP2 com 14.6%.

Vamos procurar dados sobre os tempos dedicados às oposições e ao governo para se poder ter uma ideia clara do que está em causa. Um tempo de antena garantido de 10 minutos média/diária para a "manipulação das massas" está ao nível das conversas em família de Marcelo Caetano de má memória. Socialistas, dizem-se eles.

(dados divulgados pela Marktest no seu site)

"A minha pátria é a língua portuguesa"

Enquanto alguns intelectuais europeus, entre os quais se encontra Eduardo Lourenço, reflectem sobre a ameaça do inglês como "língua franca" - "Intelectuales europeos proponen defensas contra el avance arrollador del inglés" - , na Catalunha, onde o Catalão tem sido defendido e promovido pelo governo autonómico e é falado habitualmente por 50% da população, vão ser investidos 30 milhões de euros em 3 anos, nas"universidades para que sus licenciados tengan un nivel 'first' de inglés". O Catalão é compreendido por 94,5 % dos Catalães . A diversidade linguística na Europa constitui um incómodo para os eurocratas desejosos de cilindrarem a multiplicidade de línguas impondo uma língua franca. E nós, por cá, que fazemos da nossa "pátria" ? Desencantos:- «(…) o estreme espírito português, por mais que o afiem e agucem, é sempre rombo e lerdo: não se emancipa da velha escola das farsas: é chalaça (…)» - C. Castelo Branco. Será?

domingo, 2 de março de 2008

"A corrosão na imprensa"


é o título de um post a ler nos Ladrões de Bicicletas . A questão é que temos que actualizar o pensamento de Pulitzer. Hoje podemos dizer : «Uma 'comunicação social' cínica, mercenária, demagógica e corrupta produzirá a prazo pessoas tão 'rasteiras' como ela». Este tema merece que a ele voltemos em breve.

Configura ? Em verde ?

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

"Canto da memória esconjurada"

"Cantarei "


Composição: Pedro Barroso

Vivi povo e multidão
sofri ventos sofri mares
passei sede e solidão
muitos lugares
sofri países sem jeito
p´r´ó meu jeito de cantar
mordi penas no meu peito
e ouvi braços a gritar

e depois vivi o tempo
em que o tempo não chegava
para se dizer o tanto
que há tanto tempo se calava

vivi explosões de alegria
fiz-me andarilho a cantar
cantei noite cantei dia
canções do meu inventar

cantarei cantarei
à chuva ao sol ao vento ao mar
seara em movimento
ondulante, sem parar

Hoje resta-me este braço
de guitarra portuguesa
que nunca perde o seu espaço
e a sua beleza
hoje restam-me os abraços

nesta pátria viajada
dos que moram mesmo longe
a tantos dias de jornada

dos que fazem Portugal
no trabalho dia a dia
e me dão alma e razão
nesta porfia

por isso invento caminhos
mais cantigas viajantes
e sinto música nos dedos
com a mesma força de antes
cantarei cantarei
à chuva ao sol ao vento ao mar
seara em movimento
ondulante, sem parar

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Chipre - Um Comunista na Presidência

Novo Presidente será o primeiro chefe de Estado comunista de um país da UE. Nas ruas festejava-se a vitória com um desejo : “Por uma sociedade mais justa”. O Presidente eleito manifestou a sua esperança : “Quero enviar uma mensagem de amizade aos cipriotas-turcos, a mensagem de que temos pela frente um combate comum para reunificar a nossa pátria para que consigamos gerir os nossos assuntos sem intervenção estrangeira”.
O povo cipriota merece-o.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

"Menina Dos Olhos De Água"

Composição: Pedro Barroso

Menina em teu peito sinto o tejo
E vontades marinheiras de aproar
Menina em teus lábios sinto fontes
De água doce que corre sem parar
Menina em teus olhos vejo espelhos
E em teus cabelos nuvens de encantar
E em teu corpo inteiro sinto feno
Rijo e tenro que nem sei explicar
Se houver alguém que não goste
Não gaste, deixe ficar
Que eu só por mim quero te tanto
Que não vai haver menina para sobrar
Aprendi nos 'esteiros' com soeiro
E aprendi na 'fanga' com redol
Tenho no rio grande o mundo inteiro
E sinto o mundo inteiro no teu colo
Aprendi a amar a madrugada
Que desponta em mim quando sorris
És um rio cheio de água lavada
E dás rumo à fragata que escolhi
Se houver alguém que não goste
Não gaste, deixe ficar
Que eu só por mim quero te tanto
Que não vai haver menina para sobrar